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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Veneza



Vamos falar a verdade: que outro complexo urbano do mundo consegue manter a unidade mesmo estando espalhado por 118 ilhotas banhadas por pequenos canais, e com mais de 400 pontes? E que outro lugar ostenta tantas obras-primas da arquitetura e da arte em tão pouco espaço? A geografia labiríntica de Veneza – cuidado mesmo para não se perder! – surgiu durante as invasões bárbaras, intensificadas nos séculos 5 e 6, quando habitantes de povoados do Vêneto e de regiões vizinhas eram forçados a fugir para onde desse, inclusive para essas pequenas ilhas. Novas comunidades insulares foram se formando, e por volta do século 10 Veneza já era uma força comercial que se espalhara pelo Mediterrâneo, conquistando territórios que se estenderam até a Grécia. Tal poder propiciou também o desenvolvimento cultural e arquitetônico da cidade, que se transformaria em perfeito museu ao ar livre, romântico em um nível quase inimaginável e que atrai a visita de multidões de turistas a cada ano. Sobretudo no verão, é difícil escapar de filas ou congestionamento de pedestres entre os bequinhos, praças e vielas repartidos pelos seis sestieri (distritos) da cidade. A Piazza San Marco, o Canal Grande, aPonte Rialto são disputados por muitos o ano todo. Mesmo lotada, porém, Veneza é inesquecível.
COMO CHEGAR
O Aeroporto de Veneza está a 12 quilômetros da cidade. Dele, pode-se chegar ao Centro de ferry ou de ônibus. Trens desembarcam na Stazione di Santa Lucia, que fica às margens do Canal Grande.
COMO CIRCULAR
A melhor forma de conhecer Veneza é a pé. Portanto, esteja em boa forma física para enfrentar as ruelas e canais da cidade. Uma forma fundamental de transporte público são o vaporetto, uma espécie de ônibus-barco. A linha mais importante é a de número 1 (que percorre todo Grand Canal). Se for conhecer os distritos de Torcello, Murano e Burano, utilize as linhas LN, 41 e 42 que partem da Fondamente Nuove, em Cannaregio, ao norte da estação ferroviária. Os tíquetes são vendidos em máquinas automáticas ou dentro dos próprios veículos. Se fizer várias viagens e seu hotel não oferecer serviço de traslado, vale a pena pensar em adquirir bilhetes válidos para 12, 24, 48 e 72 horas.
Uma opção bem mais cara, mas rápida e conveniente, são os táxis aquáticos, que vão direto ao aeroporto.
Para atravessar o Grand Canal nas áreas longe das poucas pontes disponíveis, utilize o traghetto, uma gôndola pública. Custa apenas alguns poucos centavos de euro e o embarque e desembarque é feito em píeres demarcados.
O QUE FAZER
Veneza é um labirinto de pequenos e grandes canais espalhados pela laguna no nordeste da Itália. Aqui você encontrará grandes museus como o Accademia, o Ca'Rezzonico, o Peggy Guggenheim ou o Punta della Dogana. O destaque, porém, está mesmo no entorno da Piazza San Marco, com sua magnífica basílica, o farol-campanário e o Palazzo Ducale, o elegante edifício dos poderosos doges da República Veneziana. Não perca também bons passeios a pé em DorsoduroMuranoBurano e na pequena San Giorgio Maggiore. Ah, e claro, um passeio de gôndola.
ONDE FICAR
Quartos em Veneza são bem caros. Mas tenha optado por uma simples pensão ou um palacete, leve em consideração como chegar até lá. Os melhores estabelecimentos disponibilizam embarcações que farão a ponte entre a estação ferroviária, o estacionamento ou o aeroporto. Para os menos afortunados, vale a pena considerar ficar em um dos muitos hotéis no entorno da estação ferroviária, nos bairros de Santa Croce e Cannareggio. Isso evitará andar com bagagem para lá e para cá, embarcando e desembarcando dos vaporettos.
O QUE COMER
Você quer um lanchinho rápido, como pizza al taglio ou cicchetos, as tapas italianas? Veneza tem. Quer um jantar estrelado, com cozinha séria, serviço impecável e paisagem deslumbrante? Também tem. Basta um sorvete ou um simples expresso? Vai achar por toda cidade. O único senão será o preço. A cidade cobra caro de seus turistas, com valores exorbitantes. Casas como o Harry's Bar e o Caffè Florian são famosos por oferecer receitas impecáveis como carpaccio, bellini e chocolate quente, mas quando a conta chega, muitos turistas sentem-se explorados.
Seja como for, não deixe de experimentar receitas clássicas do Vêneto, como os risotos risi e bisi e nero (negro, na tinta de sépia), o sarde in saor (escabeche de sardinha) e o chamativo antipasti veneziano, que traz azeitonas, anchovas marinadas e outros frutos do mar como o caranguejo granceola. E lembre-se que aqui no norte o arroz e a polenta sobressaem-se sobre as massas.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Bariloche




Na década de 80, quando a classe média brasileira despertou para o fato de haver neve na América do Sul, todos os olhos se voltaram para San Carlos deBariloche e essa paixão continua firme. Conhecida também como 'Brasiloche' – um apelido nem sempre com conotação afetiva –, essa cidade nos Andes Patagônicos está a 1.500 quilômetros de Buenos Aires e é um dos destinos preferidos tanto entre os praticantes de esqui como entre aqueles que se satisfazem em usar o teleférico só para ver de perto os campos nevados.
Mas Bariloche não é somente um destino de inverno, pois há opções de passeios em todas as épiocas do ano, quando o local recebe seus visitantes com paisagens que assumem outros tons e conta com atividades ao ar livre como rafting no Rio Manso, caminhadas no Parque Nahuel Huapi e até kitesurfing no lago de mesmo nome. Curiosidade: acredita-se que foi nos bosques de arrayanes – um tipo de planta local – em torno da cidade que Walt Disney se inspirou para criar o personagem Bambi. Se tudo isso não bastasse, a hotelaria local é bem estruturada, seus restaurantes servem desde o indefectível fondue de queijo a deliciosas trutas pescadas na região. E, do alto do Cerro Campanario, você poderá experimentar um dos melhores chocolates quentes de sua vida.
Definitivamente, Bariloche é para todos e em qualquer época do ano.
QUANDO IR
Verão – ótimo para fazer belos passeios pelo Parque Nacional Nahuel Huapi e curtir a paisagem da travessia dos Lagos Andinos. Os preços de hotéis e restaurantes são atraentes e as temperaturas são amenas, mas podem chegar a quase 30 graus em certos dias. É também uma boa época para quem curte esportes náuticos como windsurfe, canoagem e kitesurfe, pesca e passeios a cavalo.
Outono – belas folhagens em tons vermelhos e amarelos, boa chance de ver um céu muito azul e os passeios continuam bárbaros. Começa a esfriar bem conforme a noite chega.
Junho  é o início da temporada, há boa chance de pegar uma nevasca e o preço dos pacotes são interessantes.
Julho – férias escolares no Brasil e na Argentina, crianças e adolescentes por todos os lados e preços nas alturas. Praticamente é o único mês disponível para quem viaja em família
Agosto – As montanhas estão com boa cobertura de neve e o perfil do turista muda para casais em viagem romântica e esquiadores experientes. Vários estabelecimentos já fazem promoções e as agências oferecem preços convidativos, inclusive para hotéis de luxo.
Setembro – Por esta época já não há mais voos diretos a partir do Brasil (todos agora têm que fazer conexão via Buenos Aires) e a neve começa a rarear nas pistas mais baixas. A qualidade da cobertura também não é das melhores, com pouca neve seca. No entanto, os preços despencam.
Primavera – A neve derretida, os campos queimados pelo congelamento e as árvores sem folhagem não deixam a paisagem tão bela, mas lá e cá flores dão o ar da graça. Muitos estabelecimentos já estão fechados.
COMO CHEGAR
Na alta temporada de esqui, algumas agências organizam voos charters diretos entre a cidade e algumas capitais brasileiras, notadamente São Paulo. Se optar por voos regulares, TAM, LAN e Aerolineas Argentinas são as alternativas. A maioria vai requerer uma escala em Buenos Aires, no Aeroparque Jorge Newberry. Neste caso a duração total da viagem é a partir de 6 horas. Note que como alguns voos fazem escala no Aeroporto de Ezeiza, demandando transfer rodoviário, as viagens passam a durar algumas horas a mais e muitos turistas optam por passar a noite (ou alguns dias na capital). De Buenos Aires são apenas duas horas de voo até o Aeropuerto Internacional Teniente Luis Candelaria, que fica a 15 quilômetros do Centro. Táxis, vans e aluguel de automóvel estão disponíveis para o traslado até o Centro da cidade.
De carro, a Ruta 3 leva de Buenos Aires até Bahía Blanca. De lá, pega-se a Ruta 22 até Neuquén e, em seguida, a Ruta 237, que leva a Bariloche. São cerca de 1.569 quilômetros de distância.
A partir do Chile, de cidades como Pucón, Villarrica, Puerto Varas e Puerto Montt, há duas opções. Uma das mais clássicas é a bela (mas bem cansativa) travessia dos Lagos Andinos, combinando transporte em ônibus ou vans e barcos. Leva quase o dia inteiro para fazer o trajeto, que conta com eventuais almoços no vilarejo chileno de Peulla e paradas para ver os Saltos do Rio Petrohué. A forma mais rápida é ziguezaguear pelos Andes numa van alugada. Note que esta não é uma alternativa muito recomendada durante o inverno, tanto pelas dificuldades para se dirigir, como pelo próprio fato das estradas poderem estar fechadas.
COMO CIRCULAR
Se ficar hospedado próximo ao Centro Cívico, você terá sempre próximos serviços básicos como agências de viagem, operadoras, farmácia, supermercado, bancos, lojas e restaurantes. Tudo a uma distância confortável para fazer tudo a pé. Para embarcar nos passeios como o Circuito Chico e a  a Vila de Angostura, o transporte normalmente é oferecido pela operadora.
Do Centro até o Cerro Catedral são 19 km de distância, com micro-ônibus saindo a cada 30 minutos. Táxis, remis e vans particulares também fazem o transporte. Se for de carro, o estacionamento é gratuito.
Note que alguns hotéis, principalmente os maiores, oferecem o transporte até as pistas sem custo.
O QUE FAZER
O complexo de pistas de Cerro Catedral possui 120 km de percuros, espalhados por 1200 hectares e um desnível vertical de mais de mil metros. Há boa oferta para todo tipo de esquiador, sendo mais da metade para iniciantes e 25 para para avançados e experts. São 38 meios de elevação que podem transportar até 35 mil esquiadores por hora, que podem se alimentar em 19 quiosques. O serviço é completo: escola de esqui, aluguel de equipamentos, terrain park -- pista de obstáculos, kids club e atividades alternativas como esqui de fundo, caminhada na neve, snowmobile e tobogãs. Os teleféricos funcionam das 9 às 17 horas durante a temporada
Mas nem só de inverno vive Bariloche. Claro que a temporada de esqui – e todo o charme que a envolve, com lareiras, fondues e chocolates quentes – é a alta estação nesta parte da Patagônia argentina, mas há muito mais o que aproveitar. A travessia dos lagos andinos, desde o Chile, é um passeio encantador em qualquer época do ano, assim como explorar o lago Nahuel Huapi com catamarãs, caiaques e barcos.
ONDE FICAR
São inúmeras as opções de hospedagem na cidade. As opções mais simples são campings de verão e chalés coletivos em casas familiares para os jovens que querem aproveitar de forma barata a temporada de esqui e snowboard. Não espere luxos, boa calefação e privacidade neste caso. As opções mais comuns vão desde hotéis simples, mas com aquecimento e restaurante próprio, a estabelecimentos contando com todo o conforto e vistas deslumbrantes. Este é o caso do emblemático Hotel Llao Llao, fora do centro. Uma outra possibilidade são o aluguel de chalés, com toda estrutura para receber famílias ou grandes grupos.
Nos meses de primavera, outono e primavera, o mais comum é se hospedar no Centro, nas imediações do Centro Cívico, para servir de trampolim para as atividades junto ao Lago Nahuel Huapi. Além disso, boa parte dos estabelecimentos da área (restaurantes, bancos, lojas) ficam abertos durante todo o ano. Já durante a temporada de esqui a preferência de muitos turistas é ficar o mais próximo possível do Cerro Catedral e assim aproveitar melhor o dia, sem perder muito tempo com transporte. Note porém que a oferta de serviços é bem mais reduzida e a mobilidade menor.
O QUE COMER
Sim, aqui você não escapa da parrillada, da empanada, do vinho malbec e dos doces de leite. Todavia, se quiser algo mais com a cara de Bariloche -- e da Patagônia, há pequenas casas que servem trutas assadas, carne de cordeiro, pratos típicos alemães (um importante grupo de colonizadores da região) e o curanto, carnes especiais assadas dentro da terra, na Colonia Suiza

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fim de semana em lugar lindo




Passei o fim de semana em um lugar lindo e maravilhoso em Nazaré Paulista, Hotel Estância Atibainha.
O local possui:
- 7 piscinas, sendo 3 climatizadas (2 cobertas) e 3 com toboágua
- 3 trilhas ecológicas e 2 pistas de cooper
- 2 quadras de tênis, 1 poli esportiva, 1 vôlei de grama, 2 campos de futebol (1 oficial)
- Lagos para pesca e pedalinho
- Passeios à cavalo e charrete
- Estábulo com ordenha 
- Horta orgânica e pomar
- Sala de cinema com 72 lugares
- Sala de carteado
- Health Club com fitcenter, massagem, saunas seca e úmida e hidromassagem
- Trenzinho
- Castelo medieval
- Salão de jogos com fliperama
- Salão do vídeokê
- "Vila das Bonecas", "Estação Criança", "Recanto do Sabiá" e "Mini Clube"e muito mais!


Cancún




Não foi nada difícil para Cancún ganhar os holofotes e se tornar, nas duas últimas décadas, o principal destino turístico do México. A temperatura média anual é de 27 graus, podendo bater perto dos 40 no pico do verão. O Mar do Caribe, com sua água morna e esverdeada, é um chamariz para banhistas, surfistas e mergulhadores. Na avenida principal, os visitantes manejam seus passeios entre restaurantes elegantes, centros de compras lotados de grifes internacionais, spas e baladas animadas. Isso é o que todo mundo gosta e parece que todo mundo vai para Cancún ao mesmo tempo.
Boa parte da vida turística se espreme na longa e estreita faixa entre a laguna Nichupté e o mar. Os resorts all-inclusive se concentram lado a lado nessa região da orla, assim como atrações concorridas como o Hard Rock Cafe e o centro de compras La Isla Shopping Village, onde se encontra um aquário onde se pode nadar com golfinhos. Opções um pouco menos concorridas estão junto ao centro da cidade, do outro lado da laguna, com ampla infra-estrutura para atender o constante fluxo de visitantes, incluindo barulhentos estudantes americanos. Restaurantes, baladas, boates e bares estão por todos os lados, assim como centros comerciais e serviços bancários. Alternativas mais aprazíveis e serenas podem ser encontradas fora desse verdadeiro tumulto mexicano, ao longo da costa da península de Yucatán. Aliás, Cancún é uma ótima base para explorar a região e ir um pouco mais a fundo na cultura maia. Entre os passeios possíveis e mais concorridos estão a zona arqueológica de Tulum, com sua cidade murada de frente para o oceano, mergulhos com peixes de diversas cores e formatos (ou com o tubarão-baleia) e nas indescritíveis ilhas Isla Mujeres (ao norte) e Cozumel (ao sul) e muita diversão na badalada Playa Del Carmen.
Quem viaja com a família (principamente com crianças) não deve deixar de nadar com os golfinhos em tanques especiais, enquanto que os amantes da pesca em alto-mar terão à mão ótima infraestrura e espécies bem esportivas.
A Riviera Maia
São aproximadamente 120 quilômetros de uma costa estonteante banhada pelo Mar do Caribe. Mais belo trecho da Península de Yucatán, a Riviera Maia reúne uma das maiores diversidades de vida marinha do país, com o segundo maior recife de corais do mundo, praias e ilhas perfeitas para o mergulho, florestas nativas, zonas arqueológicas e mimos para turistas que vão de campos de golfe a spas cinco estrelas. Seu principal cartão-postal e QG dos turistas é Cancún, um verdadeiro playground turístico que alia hotéis de todos os padrões espalhados por uma orla de 20 quilômetros de extensão, mais de 500 restaurantes e algumas praias de areias brancas e água esverdeada que permitem dias e dias de relaxamento. De lá, é fácil visitar Xcaret e Xel-Há, os dois principais parques temáticos do México e onde é possível praticar snorkeling em seus rios subterrâneos.
Isla Mujeres, a poucos quilômetros de distância, e Cozumel, ao sul, atraem turistas ávidos por sol, mar e alguns drinques, enquanto as ruínas de Tulum e Chichén Itzá satisfazem os aventureiros que desejam brincar de Indiana Jones.
ONDE FICAR
A grande maioria dos hotéis fica ao longo do Boulevard Kukulcán, de frente para o mar do Caribe, na chamada Zona Hotelera. Na hora de escolher o seu, leve em consideração que os primeiros nove quilômetros têm praia mais calma e a vida noturna mais animada; até o km 14, o mar vai ficando mais agitado, e o comércio abundante; dali por diante o mar fica cada vez mais bravo e os arredores se tornam menos interessantes.
ONDE COMER
A cidade tem boa oferta gastronômica. O trecho da Kukulcán entre os km 8,5 e 9,5 concentra diversos pequenos restaurantes onde você pode fazer uma refeição gastando em torno de US$ 10. Para enganar a fome na praia, durante o dia, há porçõezinhas e petiscos nas barracas a preços que não ultrapassam muito esse valor.
AGITAR
Cancún tem vida noturna bem agitada, mas em muitos lugares você é obrigado a abrir a carteira sem dó. Antes de cair na roubada, pergunte quano se paga para entrar.
COMPRAR
A Kukulcán, sempre ela, concentra os shoppings mais interessantes. Fora desse circuito, vale dar um pulinho na Avenida Tulum, no centro, ótimo lugar para garimpar achados.
COMO CHEGAR
A Aeromexico possui dois voos semanais entre Cancún e São Paulo. Durante a alta temporada, algumas companhias fazem fretamentos especiais. Outras possiblidades são voos via Cidade do México, como os oferecidos pela AeromexicoCopa Airlines (via Cidade do Panamá), LAN(através de Lima) e TAM , tambem através da Cidade do México.

sábado, 13 de abril de 2013

Lisboa




Os sons vão do melancólico fado ao delicioso (e por vezes ininteligível) sotaque. Os aromas que vêm de confeitarias e restaurantes despertam a gula. Esparramada pelas colinas que ladeiam o lendário Rio Tejo, Lisboa tem telhados vermelhos e azulejos coloridos. Becos e ruelas guardam preciosidades de um rico passado. O nosso próprio passado. Há templos como o Mosteiro dos Jerônimos e museus antigos como o do Carmo e oCalouste Gulbenkian. Sim, o fado, o bacalhau e aTorre de Belém sempre devem fazer parte do roteiro, mas a Lisboa do século 21 reserva aos seus visitantes belas surpresas como o Centro Cultural de Belém, o extraordinário Oceanário, oMUDE, Museu do Design e da Moda, e restaurantes e hotéis descolados. Prepare as pernas para andar bastante por uma topografia íngreme. Mas, roubando uma frase de Fernando Pessoa, tudo vale a pena se o prêmio é conhecer essa cidade que é capital do país desde 1255, sobreviveu a um terremoto devastador em 1755 e hoje é um cenário ancestral pronto para ser explorado por quem não tem preguiça de andar.
SUGESTÃO DE ROTEIRO
Em nossa matéria especial 48 Horas em Lisboa nós damos sugestões para aproveitar bem a cidade. No entanto, é um sacrilégio não passar ao menos quatro noites por aqui, curtindo com calma um show de fado, as atrações da região de Belém, o Centro Antigo e as novas atrações na orla. Além disso, restaurantes e bares, renovados ou recém abertos, são a pedida do momento na cidade. Quem viaja com crianças também não deixará de ter boas opções de lazer, atrações e entretenimento, podendo ir um pouco além, para Queluz e Sintra.
COMO CHEGAR
Voos diretos do Brasil para Portugal são operados por TAP e TAM. Chegando em Lisboa, saiba que o Aeroporto da Portela fica a cerca de 20 minutos do Centro. Não tem estação de metrô, mas o eficiente Aerobus (€ 3,50): saídas a cada 20 minutos, das 7h às 23h. Além dele, há cinco linhas de ônibus comum que ligam o aeroporto ao Centro (€ 1,40), inclusive durante a noite. De táxi, gastam-se cerca de € 10, mais € 1,60 pela bagagem.Trens da Comboios de Portugal conectam a cidade com os principais destinos turísticos do país. O aluguel de automóveis é uma ótima opção para circular pela região.
COMO CIRCULAR
É muito fácil e agradável circular por Lisboa. Estando no centro, boa parte das atrações na Baixa, Chiado, Alfama e Bairro Alto podem ser alcançandos a pé. Cansa um pouco, por conta das ladeiras, mas as escadinhas, calçadões e praças fazem parte da experiência. Se cansar, faça paradas estratégicas em despretensiosos cafés. A rede de metrô e trens são ótimas para lhe levar a áreas um pouco mais distantes como Belém e Parque das Nações, e também para explorar a região, em destinos como Sintra, Queluz e Cascais.
ONDE FICAR
Lisboa possui farta e variada oferta de hospedagens. Redes internacionais como Pestana, Accor e Sol Meliá oferecem quartos com o padrão e serviços conhecidos em todo o mundo. A cidade destaca-se também por seus excelentes albergues da juventude, frequentemente listados entre os melhores do mundo. Quartos limpos e arejados, áreas em comum bem decoradas e que convidam ao convívio e boa localização as tornam realmente uma alternativa a ser considerada. Pequenas pousadas familiares são convenientes e lhe oferecem uma oportunidade de ter um experiência mais próxima ao povo português (que adora bater um papo com nós, brasileiros).
Alguns bons locais para ficar estão próximos do Centro, no entorno da Avenida Liberdade e do parque Eduardo VII ou em charmosos estabelecimentos no Chiado, no Bairro Alto e em Prazeres. A vantagem de estar nestes distritos é a proximidade com atrações turísticas, transportes públicos e bons cafés e restaurantes, mas você também poderá encontrar boas surpresas em bairros um pouco mais afastados, como em Belém, com suas colinas com belas vistas para o Tejo.
O QUE COMER
Poucas cidades agradam mais ao paladar brasileiro do que Lisboa. Certamente você aqui encontrará um bom número de restaurantes, tascas e cafés servindo receitas familiares e pratos tão queridos por nós. Bacalhau, sardinha, pastéis de belém, cozido português e uma indesviável miríade de doces estarão sempre em seu caminho, tentando a todos. Porém, novos ares chegaram à metrópole, com estabelecimentos mais inovadores, trazendo oxigênio para uma cozinha clássica. Você encontrará muitas boas casas entre Alfama e o Bairro Alto, passando pelo Chiado e a Baixa. Não deixe de experimentar os bons vinhos de Douro, Dão e Alentejo.
Fora da cena gastronômica tipicamente lusitana, há várias boas mesas de outras especialidades. A Confraria do Sushi (japonesa), o Esperança (pizza) e o Grande Palácio Hong Kong (cantonesa), são algumas boas opções. Para quem não consegue ficar longe do arroz, feijão e da picanha, fique tranquilo, lá e cá um brasileiro estará de portas abertas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Bora Bora




Nos dias de sol, que não são raros, Bora Bora ganha um cenário irresistível, completado por areais claros, o verde dos montes Pahia e Otemanuo, além do azul do mar e do céu. A ilha, localizada na Polinésia Francesa, está cercada por uma laguna rodeada por corais e oferece relaxantes bangalôs e palafitas que recebem principalmente casais em lua-de-mel. A capital é Vaitape. Na região, pode-se nadar, mergulhar, praticar windsurf, andar de jet-ski, passear no fundo do mar de lagoonarium, um veículo dotado de um domo que lembra um pequeno submarino, entre muitas outras atividades. Os amantes da aventura podem explorar antigas fortificações erguidas quando Bora Bora foi uma base militar, na II Guerra Mundial, fazer escaladas ou encarar um passeio para alimentar tubarões e arraias. Para quem gosta de compras, há artesanato, roupas, objetos de arte e outros produtos, mas as peças feitas com pérolas são a grande atração. Variados bares e restaurantes completam a infraestrutura local.
COMO CHEGAR
A partir de Papeete, há quatro voos diários com a Air Tahiti (0h50). Para Moorea há voos diários, com duração de 50 minutos.
COMO CIRCULAR
Distâncias curtas entre ilhas próximas são prazerosamente cobertas com veleiros, catamarãs, ferries ou iates. Estes podem ser alugados ou compartilhados com agências localizadas nos hotéis, resorts ou em cidades maiores. As reservas devem ser feitas, preferencialmente, com boa antecedência. Para rumar para ilhas mais distantes, a melhor opção são monomotores e bimotores de companhias como Air Moorea e Air Tahiti. Esta última oferece seis passes combinados válidos por 28 dias para quem for visitar múltiplos arquipélagos na Polinésia Francesa. Há valores diferenciados para franquear bagagens até 20 e 50 kg.
- Discovery Pass, cobrindo Moorea, Huahine, Raiatea - a partir € 276 (passageiros a partir de 12 anos)
- Bora Bora Pass, voando para Moorea, Huahine, Raiatea, Bora Bora, Maupiti - a partir de € 368
- Lagons Pass, para Moorea, Rangiroa, Tikehau, Manihi, Fakarava - a partir de € 399
- Bora Bora-Tuamotu Pass, cobrindo Moorea, Huahine, Raiatea, Bora Bora, Maupiti, Rangiroa, Tikehau, Manihi, Fakarava - a partir de € 532
- Marquesas Passs - para Nuku Hiva, Atuona e Ua Pou or Ua Huka - a partir de € 718
- Austral Pass - voando para Rurutu, Tubuai, Raivavae, Rimatara - a partir de € 520

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Machu Picchu


Machu Picchu é simplesmente a atração número um do Peru e talvez da própria América Andina. Desde que a descoberta científica da cidadela inca foi anunciada pelo historiador americano Hiram Bingham em 1911, sua complexa e misteriosa arquitetura encastelada num cenário montanhoso dramático vem atraindo turistas de todo o mundo.
Tanta popularidade levou Machu Picchu, uma das novas sete maravilhas do mundo, a sofrer com o turismo desenfreado e alguns dos preços mais altos do país. Mesmo assim, hordas de turistas desembarcam sem parar nessa antiga cidade inca de pedra, seja pela clássica Trilha Inca ou por trens vindos de Cusco. E motivos não faltam para tamanha determinação. Machu Picchu, que em língua quéchua significa “montanha velha”, está localizada sobre uma montanha de granito e abriga impressionantes construções erguidas com pesados blocos de rocha. Cercado de enigmas a respeito de sua criação e serventia, o local, declarado pela Unesco como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, está a 112 quilômetros de Cusco e 2.350 metros acima do nível do mar.
Para muitos, é a viagem de uma vida.
Atenção: devido à rápida degradação do sítio, o governo peruano vem limitando o número de visitantes ao local. Para quem viaja com agências, elas providenciarão a reserva para ingresso às ruínas, mas os independentes o deverão fazê-lo com antecedência junto às autoridades.
COMO CHEGAR
Avião
De Lima para Cusco, há voos diretos pelas empresas Lan e Taca . O aeroporto Alejandro Velasco Astete fica a menos de 4 quilômetros da cidade.
Trilha Inca
Para alcançar Machu Picchu, uma das alternativas é fazer a pé a Trilha inca. São várias rotas para se chegar ao alto da montanha. A caminhada mais comum é a que leva quatro dias de duração e cruza montanhas como Warmiwañusqa  e Runkuraqay, a 4.200 e 3.860 metros sobre o nível do mar, respectivamente. Essas jornadas são organizadas por agências como a Camiño Inca, Amazing Adventure e Topex Expeditions.
A viagem começa em Piskacucho, pequeno povoado localizado no km 82 da ferrovia Cusco-Machu Picchu, a mesma por onde passam os trens que ligam Cusco a Aguas Calientes (Machu Picchu Pueblo). Dali, a caminhada costuma seguir o seguinte roteiro:  1.º dia (sete horas): Piskacucho-Llulluchapampa; 2.º dia (oito horas): Llulluchapampa-Chaquicocha; 3.º dia (sete horas): Chaquicocha-Wiñaywayna; 4º (uma hora e meia): Wiñaywaya – Intipunku.
Quem quiser ver as ruínas de Qoriwayrachina, Waynaq'ente e Machuq'ente deve seguir pela rota que sai do km 88 da mesma via férrea. O viajante que tiver menos tempo disponível pode realizar o roteiro de dois dias, que começa no km 104.
Trem
Esse é o meio mais popular para se chegar a Machu Picchu. O serviço é operado pela Peru Rail e pela Inca Rail. Cada empresa oferece três opções de trem todos os dias entre Cusco e Aguas Calientes, com distintas categorias e preços.
A Peru Rail, por exemplo, tem o Vistadome, uma viagem de pouco mais de três horas em vagões com janelas e teto panorâmicos; o Expedition, voltado para mochileiros; e o Hiram Bingham, um serviço luxuoso da Orient Express que inclui refeições a bordo, transporte até a cidadela de Machu Picchu, acompanhamento de guia e um chá da tarde no Machu Picchu Sanctuary Lodge, o único hotel localizado na região de Machu Picchu.
Uma vez em Aguas Calientes, o visitante deve caminhar 700 metros até a entrada do sítio ou tomar um dos ônibus que sobem até o local. Procure sair no primeiro horário para poder aproveitar o atrativo sem pressa. As tarifas para o trecho Cusco-Machu Picchu custam S/. 162,40 (Expedition), S/. 205,90 (Vistadome) e S/. 868,55 (Hiram Bingham). Recomenda-se reservar com antecedência no site de cada empresa.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pantanal



Pescar, fazer safári fotográfico, focagem noturna de animais e observação de aves, programas mais do que esperados no Pantanal, exigem respeito e a sabedoria para entender o ciclo das águas que controla a vida na maior planície alagável do mundo. Nas cheias, de novembro a março, os mais aventureiros podem fazer as incursões em emocionantes cavalgadas dentro d’água. Entre abril e junho, as águas começam a baixar e vão se formando lagoas com peixes represados que atraem as aves – são mais de 650 espécies catalogadas na região. Na seca, de junho a outubro, tudo muda de novo. É o melhor período para espreitar os animais, já que capivaras, veados, lobinhos, tatus, antas, tamanduás, cervos e macacos, sem contar o onipresente jacaré, passam a circular à procura de alimentos. Nessa ocasião, os rios da região são cortados por barcos com grupos de pescadores atrás de pintados, pacus, dourados e piraputangas, algumas das 250 espécies de peixe que vivem naquelas águas – a pesca no Pantanal é proibida durante a piracema, de novembro a fevereiro.
No Pantanal Norte, em Mato Grosso, as cidades de Poconé, Cáceres e Barão de Melgaço fazem as honras e recebem os visitantes com hospedagens simples – há exceções, como o Sesc Porto Cercado e suas instalações dignas de um resort, em uma reserva particular.
Quem escolhe enveredar pelo Pantanal Sul – sim, é melhor concentrar-se em só umas das porções pantaneiras – vai encontrar em Corumbá uma cidade estruturadas. Na divisa com a Bolívia, seu centro tem casario do século 19 bem preservado e hotéis de ecoturismo ao longo da Estrada-Parque, com 120 quilômetros de pista estreita, pontes e travessia de balsa pelo Rio Paraguai – uma aventura a ser encarada de preferência na companhia de um guia e a bordo de veículos potentes.
COMO CHEGAR
De Cuiabá, a BR-070 leva a Poconé (108 km) e Cáceres (221 km); e a MT-040 segue até Barão de Melgaço (103 km). Ônibus de várias empresas partem da rodoviária local (65/3621-3629) para estes destinos, como as viações Verde (65/3316-7500, cerca de R$ 50, com seis saídas diárias), Eucatur (0800-45-5050, cerca de R$ 42, três saídas diárias até Cáceres) e Tut (65/3345-1677, seis partidas diárias por cerca de R$ 20 até Poconé.
De Campo Grande sai a BR-262 até Aquidauana (146 km), Miranda (218 km) e Corumbá (441 km). A Viação Andorinha  passa pela três cidades (R$ 30 até Aquidauana, cinco saídas diárias; R$ 82 até Corumbá, nove saídas diárias; R$ 42 até Miranda, nove partidas ao dia), partindo do Terminal Rodoviário da capital (67/3026-6789).
Cáceres e Corumbá possuem aeroportos próprios, sendo que o segundo tem voos frequentes de Trip  e Tam  saindo de Campo Grande.
COMO CIRCULAR
Os hotéis de ecoturismo ficam distantes dos centros das cidades-base do Pantanal, com acesso por longas vias de terra, barco ou avião – pago à parte da diária. Quem viaja de carro deve lembrar que no período de cheia (outubro a março), só 4x4 vencem os constantes atoleiros em algumas estradas. Cáceres e Corumbá têm aeroportos próprios.
ONDE FICAR
Há três tipos de hospedagem na região: as voltadas para ecoturistas, aquelas para pescadores e os hotéis do centro - estes atendem turistas com orçamento mais apertado e quem faz apenas day-use nos hotéis-fazenda. Nos endereços para ecoturismo, as diárias incluem as refeições e alguns passeios. As acomodações patra pesca, mais simples, reservam parte dos quartos para grupos e as tarifas podem incluir barco, motor e piloteiro. outra modalidade são os chamados barcos-hotel, com diferentes níveis de conforto e quase todas as despesas incluídas no preço.
Para checar a seleção de hospedagens no Pantanal do GUIA QUATRO RODAS, visite as páginas das principais cidades da região:
- Pantanal Norte: Barão de MelgaçoCáceres Poconé;
- Pantanal Sul: AquidauanaCorumbáMiranda Porto Murtinho.
ONDE COMER
Grande parte tem ambiente simples, serviço familiar e pratos caseiros. Embora os pescados sejam abundantes em toda a região, Corumbá, Aquidauana e Cáceres concentram o maior número de endereços especializados - receitas com pintado e pacu são as mais comuns nos cardápios. Quem não gosta de peixe encontra boa oferta de pratos com carne bovina - mais magra e resistentes que nos grandes centros do país.
Comida Típica -- A fauna aquática pantaneira é das mais vastas: o número de espécies catalogadas de peixe supera 250. Apesar disso, não chegam a dez os que são consumidos à mesa. A estrela da culinária típica é o pintado, opção certa em quase todos os cardápios da região. De carne saborosa e consistente, cai bem em vários modos de preparo: grelhado em filés, no espeto e na mojica, ensopado com cubos do peixe e mandioca cozida. Outra receita tradicional é o pintado à urucum (à dorê com creme de leite, leite de coco, molho de tomate e mussarela), criado nos anos 70 por João Claudelino Fonseca da Silva. O prato era servido para os turistas que visitavam o Morro do Urucum, na zona rural de Corumbá. Com carne gordurosa e repleta de espinhas, o pacu é igualmente saboroso; a receita campeã deste pescado é a costela frita, chamada de ventrecha. O dourado, de população reduzida, aparece pouco na culinária local e já tem pesca proibida em Cáceres (MT). Outros peixes, com carnes consideradas menos nobres, são ainda mais difíceis de serem encontrados, casos da piraputanga e do curimbatá. Na fase da piracema (de novembro a fevereiro), a pesca é proibida e os restaurantes vendem apenas pescados congelados ou criados em cativeiro. O menu pantaneiro também contempla quem aprecia sabores menos comuns, como o do caldo de piranha, tido como afrodisíaco, e das receitas à base de carne de jacaré.
QUANDO IR
As chuvas (de outubro a março) favorecem os passeios de barco (as principais vias são percorridas apenas por veículos 4x4 ou lanchas). Neste período ocorre a piracema e a pesca é suspensa. Na seca (de abril a setembro), as estradas ressurgem (veículos de passeio transitam sem problemas) e animais aparecem mais frequentemente na beira dos rios. No inverno (de maio a agosto), não deixe de levar roupas de frio, quando as mínimas chegam próximas de dez graus. Durante todo o ano as máximas ultrapassam a marca dos 25 graus, alcançando mais de 30 com bastante frequência.
SUGESTÃO DE ROTEIROS
3 dias -- com pouco tempo, há duas boas soluções. Você pode fechar pacotes com hotéis para ecoturismo e fazer, ao menos, o safári fotográfico, a focagem noturna e um passeio de barco. Ou então instalar-se em hospedagens econômicas no centro das cidades da região e realizar as atividades em sistema de day use oferecida por hotéis. Dedique um dia inteiro apenas para percorrer a Estrada-Parque, no Pantanal Sul, ou a Transpantaneira, no Norte.
5 dias -- Quem pesca costuma passar esse tempo sobre as águas dos principais rios da região, como o Paraguai e o Cuiabá, hospedado em barcos-hotel. Em terra, o período é perfeito para fazer trilhas epasseios a cavalo que invadem a mata nativa e permitem ver os animais selvagens -- os mais longos podem durar dias. Na parte sul da região, dá tempo de viajar no Trem do Pantanal.
8 dias -- Ideal para conhecer as áreas sul e norte e realizar todos os passeios clássicos -- além de percorrer as principais vias. Para explorar ainda mais os rincões pantaneiros, você deve começar a viagem pelo sul e chegar, de barco, a partir de Corumbá, ao Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, um dos pontos mais preservados de toda a região. De lá, pode seguir até Porto Jofre, ao norte.
Para mais dicas de passeios, cheque nosso Roteiro Rodoviário Bonito e Pantanal.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Lençois Maranhenses


Por mais que fotos, folhetos de viagem, vídeos caseiros ou documentários profissionais sejam um preparo para o que se vai encontrar nos Lençóis Maranhenses, nada diminui o impacto de estar integrado a essa imensidão de dunas e lagoas. Quem observa esse cenário lá de cima, num voo de monomotor, tem logo uma panorâmica do mosaico de areia e água cor de esmeralda do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Entre maio e agosto, as lagoas estão cheias e a paisagem, em plenitude. Em setembro, elas começam a secar. Na última semana de julho, acontece a Vaquejada, com shows folclóricos. Em agosto, estrangeiros desembarcam em peso por lá.
Preparo físico e disposição para longas caminhadas sob sol forte são vantagens competitivas para esquadrinhar dunas, refrescar-se nas lagoas, pernoitar em vilarejos de pescadores – uma aventura que só deve ser encarada, claro, com o auxílio de guias. Para entrar no parque, a opção mais procurada é Barreirinhas, onde ficam resorts abertos há menos de uma década, pousadas e agências que organizam passeios. Mas é possível fazer isso também a partir dos vilarejos de Atins e Caburé, paradas obrigatórias dos passeios de barco pelo Rio Preguiças, a leste do parque, e Santo Amaro do Maranhão, a oeste. Esse último é dos lugares menos explorados, com dunas ainda mais impressionantes e lagoas cristalinas que ainda não são visitadas por grupos numerosos de turistas.
A vista clássica
O sobrevoo de monomotor é a única maneira de ver, de cima, toda a extensão do Parque Nacional, com suas lagoas sazonais. Mas vale lembrar: o aeroporto da cidade não é homologado e, consequentemente, o passio não tem como ser regularizado, o que dificulta ainda mais a fiscalização do brevê do piloto.
COMO CHEGAR
Ônibus da empresa Cisne Branco (3243-2847, www.cisnebrancoturismo.com.br) saem diariamente de São Luís para Barreirinhas em quatro horários (6h, 8h45, 14h e 19h30; R$ 28). A BRTur (3236-6056 e 9114-5813) faz o trajeto de van, às 5h e às 8h, e cobra R$ 40 por pessoa, com a conveniência de buscar o clienteno hotel. Se for de carro, utilize a BR-135 e a MA-402 – há sinalização, apesar de algumas placas estarem em más condições.
COMO CIRCULAR
Além de mototáxis, onipresentes nas ruas de Barreirinhas, há táxis a preços acessíveis. Quem se hospeda no Centro pode caminhar até a Avenida Beira-Rio,  que abriga a maioria dos restaurantes e bares. Para conhecer dunas e lagoas, é preciso contratar passeios de jipe.
ONDE FICAR
Boa parte das hospedagens está em Barreirinhas, mas o agito da cidade pode incomodar quem procura por paz. Ali também ficam todas as agências de turismo e o comércio. Para uma imersão completa na natureza, rume para os pontos mais distantes: Atins, Caburé e Santo Amaro. Os municípios são vizinhos a dunas pouco exploradas, mas têm pousadas com estruturas simples -- esqueça banhos quentes, caixas eletrônicos, sinal de celular e internet. Novidade: entre 2011 e 2012 foram abertas duas pousadas em Atins, a Cajueiro e a Maresia.
O GUIA QUATRO RODAS BRASIL fez uma seleção de hotéis, pousadas, restaurantes e atrações, divididos de acordo com as quatro cidades/vilas na região dos Lençóis Maranhenses: AtinsBarreirinhas,Caburé Santo Antônio do Maranhão
ONDE COMER
A Avenida Beira-Rio, em Barreirinhas, concentra os principais estabelecimentos. Fora dali, o Bambaê é uma boa opção. Em Santo Amaro do Maranhão, vale experimentar o camarão-da-malásia, nas pousadas Cajueiro e Água Doce. E não volte de Atins sem provar o camarão do Da Luzia. Em Caburé, coma o robalo da Península do Caburé.
QUANDO IR
A melhor época para conhecer os Lençóis Maranhenses é de maio a agosto, quando as chuvas já passaram e encheram as lagoas. Ainda assim, fique atento: quando não chove bastante, as lagoas podem ficar secas. A Vaquejada é em julho, e o mês preferido dos gringos é agosto. Neste mesmo período as temperaturas podem ser surpreendemente baixas, com mínimas abaixo dos quinze graus.
Dica: vale ligar para o ICMBio (98/3349-1267) e confirmar se as chuvas foram suficientes para encher as lagoas -- o que não ocorreu em 2012.
SUGESTÃO DE ROTEIROS
2 dias -- Invista em conhecer Atins, vilarejo que é a entrada leste para o Parque Nacional, onde estão as lagoas Verde e do Mário, menos frequentadas por turistas. O melhor caminho é aproveitar o passeio de barco pelo rio Preguiças com paradas em Caburé e no Farol Preguiças, de onde se avista o encontro do rio com o mar. Uma vez lá, não deixe de experimentar o camarão do restaurante da Luzia.
5 dias -- Em Barreirinhas, divida o tempo entre as lagoas mais famosas e frequentadas, a Azul e a Bonita. Prefira os passeios no final da tarde, quando o caminho da volta ganha o adicional do pôr do sol entre dunas e lagoas. Pela manhã, faça o passeio da boia pelas águas calmas do Rio Formiga. E, para fechar o dia, vá a Avenida Beira-Rio, onde restaurantes e quiosques ficam cheios de gente e garantem uma noite descontraída.
7 dias -- Aproveite os dias extras para ir a Santo Amaro do Maranhão. Ainda mais deserta que Atins, a cidade tem acesso difícil, por estrada de areia. Uma vez lá, as lagoas mais selvagens e bonitas dos Lençóis -- Gaivota e Betânia -- fazem o esforço valer a pena. Se tiver fôlego, vale explorar o parque em uma caminhada (somente com guia) até o povoado de Queimada dos Britos. Nos restaurantes, prove o camarão-da-malásia.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Bonito


Terra de águas cristalinas e natureza exuberante, Bonito-MS é considerada o pólo do ecoturismo em nível mundial. Quem chega à cidade, tem que concordar com uma coisa: bonito é pouco para adjetivar as tantas maravilhas criadas pela natureza na região. Esta pequena cidade do interior do Mato Grosso do Sul, com pouco menos de 20 mil habitantes, encanta os visitantes por seus rios de águas cristalinas repletos de peixes, suas grutas e cachoeiras.

Localizada na região centro-oeste do Brasil, Bonito apresenta um clima tropical na faixa dos 32°C, ótimo para um bom mergulho. Muitas das belezas de Bonito estão no seu subterrâneo. São inúmeras grutas com lagos profundos de águas límpidas. Rica em calcário, encanta todos que olham suas pedras e águas cristalinas que de tão transparentes permitem que se aviste sua diversidade de seres vivos. Em alguns se encontram mais de quarenta espécies de peixes, sem mencionar as variadas vegetações subaquáticas. Além disso, cavernas foram formadas há milhões de anos em rochas, algumas são inundadas, outras parcialmente.
Bonito é o lugar perfeito para quem praticar o Ecoturismo, mas também é um excelente destino para aqueles que viajam em busca de sossego. Os diversos pontos turísticos enchem de tranqüilidade aqueles que procuram paz e proporcionam emoções inesquecíveis para quem está em busca de aventuras.

Gruta do Lago Azul

A Gruta do Lago Azul é uma das mais importantes cavernas do patrimônio espeleológico nacional e um dos mais importantes atrativos naturais de Mato Grosso do Sul, com destaque para o lago subterrâneo que adquire a cor azul intensa sob incidência dos raios solares. O excepcional valor paisagístico foi motivo para seu tombamento pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, juntamente com a Gruta Nossa Senhora Aparecida situada nas proximidades.
Além da inusitada paisagem subterrânea, a Gruta do Lago Azul apresenta concentração de fósseis de mamíferos pleistocênicos (Salles et al., 2006) e conjunto de minerais raros (nesquehonita), na forma de frágeis aglomerados. É também local da presença de crustáceos endêmicos que habitam o lago subterrâneo.

Balneário Municipal

Um camping com um rio maravilhoso, as águas cristalinas do Rio Formoso permitem uma visão nítida da grande quantidade de peixes de cores e de tamanhos diferentes. Dispõe de quadra de vôlei e futebol de areia, lanchonetes, sorvete, locação de churrasqueira e WC. É um lugar apropriado para passar o dia e se refrescar em um rio cristalino com muitos peixes.

Praia da Figueira

Não é litoral, mas também tem “praia”. Uma Lagoa cristalina de água corrente com mais de 60.000m2, para você nadar, mergulhar e praticar outras atividades aquáticas como flutuação, scooter, cama elástica, caiaque, pedalinho, tirolesa e biribol, além, de claro, do vôlei de areia e do frescobol, que não podem faltar em nenhuma praia, tudo acompanhado de muito sol e calor.

Balneário do Sol

Um balneário localizado às margens do Rio Formoso. Um lugar perfeito em contato com a natureza. Muitos peixes, lindas cachoeiras fazendo parte do cenário, carretilha, quadra de areia, restaurante, redário, locação de quiosque com churrasqueira, aluguel de equipamentos, máscaras, coletes e redes. Local perfeito e diversão garantida para toda a família.

Bóia Cross

Para quem gosta de aventura, não pode perder o Bóia Cross em Bonito. Após uma pequena caminhada pela mata ciliar, se inicia uma emocionante aventura nas corredeiras do Rio Formosinho em bóias individuais. A água cristalina permite que se observe os peixes e o leito do rio com a mesma facilidade com que se vê a fauna e a flora da mata ciliar.
Bonito ainda tem muito mais para oferecer aos seus visitantes. Lugares como o Aquário Natural, Trilha dos Animais, Boca da Onça, Buraco das Araras, Cachoeira do Rio do Peixe, Cavalgada no Rio Sucuri, entre outros são responsáveis por atrair turistas do Brasil inteiro. E ainda o Turismo de Aventura, como o Mergulho no Rio da Prata, no Rio Formoso, Rapel e  Arvorismo para garantir a satisfação de quem busca adrenalina e diversão.