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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Foz do Iguaçu







Alguns anos atrás, um vereador propôs trocar a grafia de “Foz do Iguaçu” para “Foz do Iguassu”. Um dos argumentos para a mudança era que isso facilitaria a busca pelo nome da cidade no Google por eventuais turistas estrangeiros. Bem ou mal, a ideia reflete o interesse da região em continuar promovendo o turismo local para o exterior – Foz do Iguaçu é o segundo cartão postal brasileiro mais reconhecido mundo afora, graças às exuberantes Cataratas do Iguaçu. Em 2012, numa disputa com mais de 400 atrações naturais de todo o planeta, as Cataratas foram eleitas uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza. Descoberta por desbravadores espanhóis em 1542, a gigantesca foz assistiu à chegada de colonos para a exploração do mate, dando origem ao povoamento da região. Hoje, os 256.000 habitantes voltam-se, principalmente, para a indústria do turismo.
Localizado na divisa entre Brasil, Argentina e Paraguai, a cidade conta com uma rede hoteleira de 22.000 leitos. As belezas do Parque Nacional do Iguaçu merecem ser admiradas tanto do alto, de helicóptero, quanto nos emocionantes passeios de barco. Outros motivos que mantêm a região entre as cinco mais visitadas do país são a colossal Usina Hidrelétrica de Itaipu, as compras do lado paraguaio da fronteira e os cassinos em solo argentino.
ONDE FICAR
Existem dois perfis de hospedagem: os hotéis à beira da Rodovia das Cataratas, ideais para famílias, e os do Centro, com perfil executivo. Para economizar, há bons hostels. A procura e os preços sobem nos períodos de férias.
Único hotel dentro do Parque Nacional do Iguaçu, o Das Cataratas dá o privilégio de dar de cara com as cataratas e dispõe do exclusivo Passeio da Lua Cheia, pelo lado brasileiro. A 2,5 km do parque, o San Martin tem quartos confortáveis, e flora e fauna nativas.
Quem busca várias opções de lazer pode se hospedar no Bourbon Resort & Convention, que tem percurso de arvorismo no meio da mata e espaço com animais; no Iguassu Resort, que reserva trilha, pesca, futebol e um campo de golfe de 18 buracos; no Mabu Thermas & Resort, com piscinas termais, ofurôs, pesca e recreação infantil; e no Paraíso das Orquídeas, relaxante, com lagos de pesca e orquidário, e emocionante, com um parque de esportes radicais a 2 quilômetros do hotel.
Para economizar na hospedagem, considere os albergues Hostel Paudimar Falls Centro, o Supernova Hostel e o Ipelândia Park Golf Hostel. O Iguassu Guest House, no Centro, tem quartos amplos e bem equipados, com TV e ar-condicionado.
ONDE COMER
Foz do Iguaçu não é conhecida pela sua força gastronômica. As melhores opções ficam no Centro ou dentro de hotéis como Golden Tulip, como o Cusine Du Ciel, no Golden Tulip Internacional Foz.
O Zaragoza, no Centro, serve pratos espanhóis e um bom bife de chorizo. Já o La Cabaña serve galetos, parillada e cortes nobres. Para comidinhas rápidas, o Barbarela serve sanduíches, sucos e smoothies. O Oficina do Sorvete monta, à noite, um bufê de sopas.
COMPRAS
Além de bons restaurantes e bares, a argentina Puerto Iguazú tem centrinho propício para compras. As lojas estão concentradas na Avenida Brasil. Na paraguaia Ciudad del Este, do lado de lá da Ponte da Amizade, fuja das calçadas para fazer compras mais seguras. Roupas, acessórios, perfumes e eletrônicos são encontrados ao lado da aduana paraguaia, no Shopping Del Leste. Na avenida principal, a San Blás, há duas galerias luxuosas, a Monalisa e a Alfonso I. Entre as galerias, as mais confiáveis são a Mina Índia e a Nave.
No Duty Free Shop Puerto Iguazú, entre as aduanas brasileira e argentina, os produtos são legítimos e os preços, baixos. Roupas, artigos esportivos e eletrônicos são vendidos sem impostos. Na hora de comprar é preciso apresentar RG, CNH ou passaporte originais.
COMO CHEGAR
Quem chega do Sudeste ou de Curitiba usa a BR-277, com nove pedágios e muitos caminhões. De ônibus, as viações Pluma (3522-2515) e Kaiowa (3522-2979) têm saídas diárias de São Paulo (R$ 154 e R$ 162, respectivamente) e Rio (R$ 184 e R$ 240, respectivamente). De Curitiba, a Viação Catarinense (3522-2050) faz o transporte (R$ 105). Também é fácil chegar de avião - o aeroporto recebe 17 voos das principais cidades do Brasil.
COMO CIRCULAR
De carro próprio ou alugado, não há problemas - as atrações são bem-sinalizadas. Sem carro, há três opções: o transporte público (ônibus circulares deixam o terminal central em direção à portaria do Parque Nacional do Iguaçu a cada 20 minutos), os traslados oferecidos pelas agências dos hotéis ou os táxis (do Centro às Cataratas, R$ 20). Para atravessar a fronteira e conhecer o lado argentino do parque, é obrigatório apresentar o RG ou a CNH originais. Para ir ao Paraguai (o país não exige documentação), prefira os táxis (R$ 20 até a Ponte da Amizade e R$ 40 para deixá-lo em Ciudad del Este) - por segurança, não é boa ideia atravessar a Ponte da Amizade com o próprio carro, sobretudo se a placa não é de Foz.
SUGESTÕES DE ROTEIROS
2 dias – Não restam dúvidas: são as enormes cataratas que fazem a fama de Foz do Iguaçu, seja do lado brasileiro, seja do lado argentino. Por isso, reserve um dia para curtir o Parque Nacional do Iguazú. Para ver – e sentir – as quedas d’água de perto, há adrenalina dos dois lados da fronteira: no macuco Safári ou na Gran Aventura, a garantia é de se molhar muito. Na Argentina, reserve a noite para um jantar no restaurante La Rueda.
3 dias – Já que você está a poucos quilômetros do Paraguai, não é fácil resistir ao paraíso dos preços baixos, a bagunçada Ciudad del Este – dê sempre preferência às lojas que fornecem nota fiscal. Ainda no campo das compras, o Duty Free, entre as aduanas brasileira e argentina, tem opções baratas para encher a sacola. Depois, siga em frente, cruze a fronteira e faça suas apostas no Casino Iguazú.
4 dias – Você pode passar o dia inteiro na Usina Hidrelétrica de Itaipu. O passeio pela segunda maior usina hidrelétrica do planeta permite conhecer a megaconstrução por dentro – nas noites de sexta-feira e sábado, é possível assistir ao espetáculo da iluminação da barragem. Importante: agende sua visita assim que chegar a Foz. No próprio complexo de Itaipu, você pode ver flora e fauna nativas no Refúgio Biológico Bela Vista.
QUANDO IR
Visitar as cataratas é incrível em qualquer época do ano. Para ver as quedas mais cheias, prefira o verão, quando o Rio Iguaçu atinge seu maior volume. O parque argentino reserva um passeio para as noites de lua cheia – é preciso agendar.
CRUZANDO A FRONTEIRA
Argentina – Você pode chegar a Puerto Iguazú de três maneiras: de táxi (R$ 50 a partir do Centro de Foz), com os ônibus das agências de turismo (R$ 40 a ida e volta com a Loumar Turismo, 3251-4000) ou de carro (é obrigatório o porte da Carta Verde, documento que permite livre trânsito de veículos entre Brasil e Argentina – você pode comprá-la via agência de turismo ou pessoalmente nas seguradoras da cidade). Independentemente do meio de transporte, é necessário portar RG, CNH ou passaporte originais. Se a ideia for curtir a noite, fique atento: não há teste de bafômetro, mas os policiais são mais rigorosos que os brasileiros quanto ao consumo de álcool e podem reter o veículo. Compras até US$ 300 (por pessoa) realizadas no Duty Free ou em Puerto Iguazú são isentas de impostos.
Paraguai - Vá a Ciudad del Este de táxi (R$ 20 até a Ponte da Amizade; R$ 40 se fizer a travessia) ou com os ônibus das agências de turismo (R$ 40 ida e volta com a Loumar Turismo). A travessia da ponte a pé é tranquila (500 metros). Não cruze a fronteira com veículo próprio – há risco de assalto. Os piores dias para ir à cidade são quarta e sábado, com movimento intenso. Nas lojas, atente para o valor original do produto e o valor pago: compras efetuadas no cartão de crédito tem acréscimo de até 17% (a taxa cobrada pela operadora do cartão é repassada ao cliente). Ao levar dinheiro vivo, cuidado com batedores de carteira. Para entrar no país não é preciso portar documentos originais (ainda assim, leve alguma identificação). Compras até US$ 300 por pessoa estão isentas de impostos.

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